Torneio Início do Campeonato Paulista – 1930

O Torneio Início do Campeonato Paulista de 1930, realizado no dia 9 de março daquele ano, ficou marcado pelo primeiro duelo da história entre Palmeiras e São Paulo. Fundado pouco mais de um mês antes (a partir da união de dirigentes, sócios e jogadores da Associação Atlética das Palmeiras, extinta em 1929, e do Club Athletico Paulistano, cujo departamento de futebol foi fechado no início daquela temporada em meio à profissionalização do esporte no país), o Tricolor fazia sua estreia em competições oficiais.

As partidas foram disputadas na Chácara da Floresta, estádio que surgiu no em 1906 como propriedade do extinto Clube de Regatas São Paulo, foi adquirido pela AA Palmeiras em 1913 e passou a ser patrimônio do São Paulo com a fusão de 1930. Naquele dia 9 de março, o tradicional campo da capital paulista era reinaugurado como parte dos festejos da fundação do novo clube.

O Palestra Italia, porém, colocou água no chope dos tricolores. Depois de eliminar o Germânia (atual Esporte Clube Pinheiros) por 1 a 0 (gol de Osses) e avançar por W.O. ao ver o Clube Atlético Santista se retirar da disputa por divergências com a organização da competição, o Verdão chegou à final para enfrentar os donos da casa, que haviam superado o Ypiranga por 3 a 0 e o Guarani por 1 a 0 nos escanteios (após empate sem gols).

A decisão terminou com empate por 1 a 1, mas o Palestra levou a melhor por 2 a 0 nos escanteios e conquistou seu segundo caneco de Torneio Início. Uma curiosidade é que o árbitro da partida foi o lendário Neco, primeiro grande ídolo do Corinthians, que praticamente encerrara a carreira em dezembro de 1929 (ele ainda voltou aos campos para atuar em três jogos do Paulista de 1930, em maio e agosto).

Jogo decisivo:
São Paulo 1(0)x(2)1 Palestra Italia

Data: 09/03/1930
Local: Chácara da Floresta, em São Paulo (SP)
Árbitro: Manoel Nunes (Neco)
Gol: Barthô (contra)

Palestra Italia: Russo; Pepe e Magalhães; Gino, Gogliardo e Giglio; Ministrinho, Heitor, Carrone, Lara e Osses. Técnico: Marinetti.

São Paulo: Nestor; Clodoaldo e Barthô; Abate, Rueda e Sergio; Formiga, Siriri, Fried, Araken e Zuanella. Técnico: Rubens Salles.