Copa do Brasil – 1998

Após uma década de 80 frustrada, o Palmeiras voltou ao protagonismo nacional nos anos 90, vencendo três Campeonatos Paulistas (1993, 1994 e 1996), um Torneio Rio-São Paulo (1993), dois Campeonatos Brasileiros (1993 e 1994) e a Copa do Brasil de 1998. Esta última conquista foi marcante, pois, após vencer tudo o que podia no Brasil, garantiu a vaga que possibilitou a conquista da América no ano seguinte.

O planejamento de Luiz Felipe Scolari era justamente esse – vencer a competição doméstica e, na sequência, sagrar-se campeão da Libertadores. Com o apoio da diretoria, que trouxe Arce do Grêmio e Paulo Nunes do Benfica, o time estreou com facilidade, superando o CSA de Alagoas pelos placares de 1 a 0 e 3 a 0. Na fase seguinte, uma igualdade no primeiro jogo frente ao Ceará deixou os palmeirenses apreensivos, porém um 6 a 0 no Palestra Italia acabou com qualquer dúvida.

Nas oitavas de final, o primeiro grande susto – com gols de França e Zé Carlos, derrota para o Botafogo no Maracanã; Cris descontou para o Verdão. Apoiado pela torcida, o time conseguiu um suado 1 a 0 na partida de volta, com gol de Agnaldo, e avançou graças ao tento marcado fora de casa. Nas quartas, o resultado foi definido na casa do adversário, com um 2 a 0 na Ilha do Retiro – Paulo Nunes e Oséas anotaram. No segundo jogo, empate sem maiores sustos contra o Sport e presença garantida no clássico diante do Santos nas semifinais.

Novamente, o decisivo Oseás deixou sua marca, agora nos dois jogos contra os rivais da baixada – um gol no 1 a 1 disputado na capital paulista e outro no 2 a 2 jogado na Vila Belmiro. O Alviverde classificou-se novamente graças aos gols marcados fora de seus domínios e enfrentou o Cruzeiro, algoz na Copa do Brasil de 1996. Depois de perder o primeiro jogo no Mineirão, o Palmeiras faturou o título com um belo passe de Oséas para Paulo Nunes, logo no início da partida, estufar as redes do goleiro Paulo César. Aos 44 minutos da etapa final, quando tudo indicava que o desfecho seria nos pênaltis, um chute sem ângulo do predestinado baiano dono da camisa 9 explodiu os palestrinos presentes no Estádio do Morumbi.

Campanha:
Jogos: 12 (6 vitórias, 4 empates e 2 derrotas)
Gols marcados: 21
Gols sofridos: 8

Jogo decisivo:
Palmeiras 2×0 Cruzeiro
Copa do Brasil de 1998 – Final (2º jogo)
30/05/1998
Estádio do Morumbi. São Paulo-SP
Público: 45.237
Juiz: Sidrack Marinho dos Santos (SE)
Palmeiras: Velloso; Neném, Roque Júnior, Cléber e Júnior; Galeano, Rogério, Alex (Arílson) e Zinho; Paulo Nunes (Almir) e Oséas (Pedrinho). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Cruzeiro: Paulo César; Gustavo, Marcelo Djian, Wilson Gottardo e Gilberto; Valdir Benedito, Ricardinho, Marcos Paulo e Elivélton (Geovanne); Bentinho (Caio) e Marcelo Ramos. Técnico: Levir Culpi.
Gols: Paulo Nunes (12’ do 1ºT-PAL) e Oséas (44’ do 2°T-PAL).